Nestha Archeron sempre foi orgulhosa, irritável e lenta em perdoar. Ter sido Feita pelo Caldeirão não tornou sua personalidade mais doce. Mas o que poucos sabem é que, por trás da fachada de força, Nestha carrega uma dor que a está corroendo: o arrependimento por não ter feito nada para ajudar a família quando caíram na pobreza e por não ter sido capaz de salvar o pai...

Desde que foi forçada a entrar no Caldeirão e se tornar Grã-Feérica contra sua vontade, ela lutou para encontrar um lugar para si mesma dentro do mundo estranho e mortal que habita. No entanto, ela não consegue superar os horrores da guerra com Hybern e tudo o que perdeu nela.

A única pessoa que a incendeia, mais do que qualquer outra, é Cassian, o guerreiro com cicatrizes de batalha cuja posição na Corte Noturna de Rhysand e Feyre o mantém constantemente na órbita de Nestha. Mas seu temperamento não é a única coisa que Cassian inflama. O fogo entre eles é inegável, e fica ainda mais quente quando são forçados a ficarem próximos um do outro.

Como se não bastasse, a possibilidade de uma nova guerra desponta no horizonte e, enquanto isso, as traiçoeiras rainhas humanas que retornaram ao continente durante a última guerra forjaram uma perigosa nova aliança, ameaçando a frágil paz que se instalou nos reinos... E a chave para detê-los pode depender de Cassian e Nestha enfrentarem seu passado assustador.

Contra o pano de fundo arrebatador de um mundo devastado pela guerra e atormentado pela incerteza, Nestha e Cassian percebem que apenas juntos podem triunfar, e lutam contra monstros por dentro e por fora enquanto buscam aceitação – e cura – nos braços um do outro.

Evitei esse livro por muito tempo sentindo que ele traria uma ressaca literária gigantesca. Eu estava certa por ter medo dele. A ressaca é muito real!

Em “Corte de chamas prateadas” a protagonista é a mais velha das irmãs Archeron, Nestha. É provável que você a tenha odiado durante boa parte da trilogia narrada por Feyre. Particularmente, em “Corte de asas e ruínas” ela já estava no caminho de se tornar uma das minhas personagens favoritas e o livro narrado por ela só confirmou isso.

Depois de todos os acontecimentos da guerra, Nestha está quebrada. Ela passa seus dias descontando sua raiva e frustrações na bebida e sexo com estranhos. Tudo para calar os pensamentos que a assombram.

Cansada de bancar a destruição da irmã, Feyre, e o círculo íntimo, decidem que é hora de intervir. Nestha precisa se mudar para a Casa do vento, treinar com Cassian e trabalhar na biblioteca com as sacerdotisas todos os dias. Caso não aceitasse, seria enviada de volta paras terras humanas.

Sem seus escapes, Nestha é obrigada a encarar todos os seus pesadelos e essa é uma jornada de cura incrível de acompanhar. Inclusive, ver a própria casa ajudá-la foi uma das minhas partes favoritas.

Nunca mais. Ela nunca mais seria fraca. Ela nunca mais dependeria da misericórdia de outra pessoa. Nunca mais, nunca mais, nunca mais.

 

O conflito com uma das rainhas humanas foi algo que não me impressionou muito e tudo parece ter sido resolvido de uma forma muito fácil. Mas, para mim, esse livro não era sobre isso. Ele é sobre redenção e sobre nos fazer entender quem é Nestha Archeron, porque ela afasta todo mundo. E nesse quesito, “Corte de chamas prateadas” entrega tudo.

Outro ponto que merece destaque são as novas personagens introduzidas na história: Emery e Gwyn. Com suas próprias histórias e cicatrizes, elas se tornam amigas de Nestha e essa amizade é a coisa mais linda desse mundo. A festa do pijama delas? Tudo para mim!

Quando o livro foi lançado, vi muita gente falando sobre as cenas hot. É, meus amores... Dona Sarah J. Maas não decepcionou.

E por falar em Nestha e Cassian, esse é um ponto que acho que também foi “resolvido” de forma apressada na reta final. Mas como gosto muito desse casal, confesso que deixei isso passar. Principalmente porque ele continuou estendendo a mão para ela, mesmo quando já parecia estar sem paciência.

Cassian sorriu para, e o mundo desapareceu. A música não a coisa mais bela que existia. Era ele.

 

Esse foi, sem dúvidas um dos meus grandes favoritos do ano. Não é fácil gostar de Nestha, mas foi impossível para mim terminar esse livro e não amar essa personagem depois de entender tantas coisas sobre ela.

Mesmo com algumas coisinhas que não me agradaram tanto, essa foi uma leitura 5 estrelas e favoritada, com direito a lagrimas, risadas e surtos. E durante um mês, esse livro não saiu da minha cabeça.